Sífilis:

·      O que é:

Sífilis, também conhecida como lues ou cancro duro (lesão inicial), é uma doença infecto-contagiosa sistêmica, que ataca todo o corpo, que evolui de forma lenta (crônica) e que possui períodos de manifestação aguda e de latência (sem manifestação), portanto possuem altos e baixos. Essa doença pode atacar e comprometer diversos órgãos, como: pele, ossos, olhos, sistema cardiovascular e nervoso. A sífilis, de acordo com sua evolução, pode-se dividir em: Sífilis Primária, Secundária, Latente, Terciária, ou Tardia. Quando é transmitida de mãe para filho(a), chama-se Sífilis Congênita. Conhecer sobre ela é de extrema importância, pois não sendo curada, pode manifestar complicações sistêmicas podendo acarretar cegueira, paralisia e danos cerebrais, pois ataca o sistema nervoso.

·      Agente causador:

É causada por uma bactéria espiroqueta chamada Treponema pallidum.

·      Tipos de Sífilis:

O importante a ser considerado é sua lesão primária, o cancro de inoculação (cancro duro), que é a porta de entrada do agente causador ao organismo da pessoa. Subdividem-se em:

·      Sífilis Primária:

O período de incubação é de 2 à 3 semanas geralmente. É uma pápula (pequena elevação na pele) nos órgãos genitais, que se torna em uma lesão ulcerada (cancro) que não há dor, ou se há é muito pouca, geralmente única, com base endurecida, brilhante, lisa, com secreção serosa (líquida e transparente) escassa, que pode ocorrer nos grandes lábios, vagina, clitóris, períneo e colo do útero na mulher e na glande e prepúcio no homem, nos dedos, lábios, mamilos e conjuntivas. Nas mulheres, essa doença pode passar despercebida, pois essas lesões se localizam entre os pelos pubianos, ou dentro da vagina, além de ser pequenas e indolores. Não há outros sintomas da Sífilis Primária, podendo ter no máximo um aumento dos linfonodos da virilha. Se a transmissão foi dada através do sexo oral, pode haver as lesões na boca ou na faringe.

A úlcera da Sífilis recebe o nome de cancro duro, podendo desaparecer mesmo sem tratamento, dando uma falsa impressão de que a doença já foi curada. Portanto, a Sífilis é uma doença silenciosa e que se não tiver atenção pode passar despercebida e parecer desaparecer dando ideia de cura espontânea. O desaparecimento da lesão não significa cura e sim, que a bactéria está se espalhando e multiplicando no organismo silenciosamente, podendo afetar os sistemas cardiovascular e nervoso, causando sérias complicações.

·      Sífilis Secundária:

Algumas semanas ou meses depois do desaparecimento do cancro duro, a doença retorna, mas disseminada por todo o organismo. Manifesta-se com erupções na pele, geralmente nas palmas das mãos e solas dos pés. É comum o aparecimento da febre, mal estar, perda de apetite, queda de cabelo, lesões oculares, e aumento dos linfonodos por todo o corpo.

As lesões nas palmas das mãos e solas dos pés e mucosa oral são características, mas podem acontecer em qualquer parte do corpo. Há outra lesão típica da doença chamada condiloma lata, que é uma espécie de verruga, úmida, que geralmente se localiza próximo à área onde se localizou antigamente o cancro duro, na Sífilis Primária.

Há casos onde a doença apresenta poucos sintomas, fazendo com que o paciente não dê muita importância ao quadro. Assim como na Sífilis Primária, os sintomas desaparecem espontaneamente sem tratamento.

·      Sífilis Latente:

Nesta fase não há manifestações visíveis, mas as reações sorológicas continuam positivas.

·      Sífilis Terciária:

O portador pode ficar de um à vários anos, sem sintomas antes de um retorno da doença. A forma terciária é mais grave e há três tipos de manifestações:

·      Goma Sifilítica: são grandes lesões ulceradas que podem atacar a pele, os ossos e até órgãos internos;

·      Sífilis Cardiovascular: ataca a artéria aorta, causando aneurismas e lesões na válvula aórtica;

·      Neurossífilis: ataca o sistema nervoso, levando à demência, meningite, AVC e problemas motores por causa de lesões na medula e nos nervos.

·      Sífilis Tardia:

A sífilis é considerada tardia após o primeiro ano de evolução em pacientes não tratados ou que foram inadequadamente tratados. Apresentam-se após um período variável onde não há manifestações sob a forma cutânea, óssea, cardiovascular, nervosa. As reações sorológicas continuam positivas nessa fase.

 

·      Sífilis Congênita:

Essa infecção se dá quando o feto é contaminado pela bactéria Treponema pallidum via transplacentária (atinge o feto através da placenta), a partir do quarto mês de gestação. Nesse caso, as manifestações da doença podem se dá já nos primeiros dias de vida da criança, podendo assumir formas graves, podendo levar ao óbito do recém-nascido.

·      Transmissão:

A transmissão pode se dar através de relações sexuais sem camisinha e com o parceiro portador dessa doença, seja sexo oral, anal ou vaginal. O contágio por transfusão de sangue contaminado é raro, tendo em vista que a bactéria não sobrevive por mais de 48 horas no sangue estocado. Pode ser transmitida a doença da mãe para o feto a partir do quarto mês de gravidez, e eventualmente por fômites.

·      Diagnóstico e tratamento:

Inicialmente o diagnóstico pode ser feito através de exames sorológicos como: VDRL, FTA-ABS. É diagnosticada também em grávidas que não possuem sintomas durante a realização do pré-natal. Em fase avançada, recomenda-se o exame de líquor, que nada mais é que um exame para saber se uma infecção atingiu membranas do sistema nervoso central, pois o líquor é um líquido que banha o cérebro e medula espinhal. É uma doença tratável. Trata-se com antibióticos como, por exemplo, a penicilina, que impede um monte de complicações. É necessário o acompanhamento da doença através do exame de sangue para verificar a evolução da doença.

·      Recomendações:

·      Use camisinha em todas as relações sexuais, de qualquer tipo, se duvidar que seu(sua) parceiro(a) tiver a doença que pode ser transmitida por homens e mulheres contaminados;

·       Mulheres devem ter um cuidado a mais: devem realizar exames para ver se é portadora da doença antes de engravidar. Se forem portadoras dessa doença e estiver na gravidez, deve-se realizar um tratamento para evitar que o feto se contamine pela doença;

·      Os portadores da doença, em época de tratamento, recomenda-se não se relacionar sexualmente.

Fontes:

http://www.dst.com.br/pag01.htm

http://www.brasilescola.com/doencas/sifilis.htm

http://drauziovarella.com.br/sexualidade/sifilis/

http://www.mdsaude.com/2009/01/dst-sifilis.html

http://files.shevannytst1.webnode.com.pt/200054173-0669907639/camisinha-1.gif

http://www.limeira.sp.gov.br/secretarias/saude/media/images/projetos/sifilis_congenita/sifilis_arquivos/master03_background.gif

http://www.brasilescola.com/upload/e/sifiliscongenita.jpg

http://www.sepeap.org/archivos/revisiones/infeccioso/sifilis1.jpg

http://images.wikia.com/infomedicarascunho/pt-br/images/3/33/Figura3-lesao3.jpg

http://www.bibliomed.com.br/BancoImagens/Imagens/fig03-05.jpg

http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/1/16/TreponemaPallidum.jpg/220px-TreponemaPallidum.jpg